terça-feira, 9 de setembro de 2014

POEMAS NO VARAL








Não há motivo maior para valorizar a vida
do que perceber e saber o quanto esta é dizimada.
Bombas invadem o espaço, corpos se mutilam no chão
não há nome Santo que vale mais do que a vida de um irmão.
Estar turista do tempo é por vezes constrangedor,
ver a dor que desce o morro,
ver a dor pela TV,
saber por mais dor que se tenha
não há maior dor do que morrer.
Sei não pra não descompensar
acho que fui agraciada,
tenho inspiração que uso como gases pra estancar
a dor que atinge a minha alma e
faz questão de gritar.
Grito na poesia!
Não há demônio pra me calar!
Procuro amenizar esta indignação usando o que possuo, a voz para cantar,
E sempre a Deus agradecer viver em um país onde ainda ter fé não é morrer.
E assunto pra atenção quando há imagens quebradas no chão.
Daí delicadamente peço a espiritualidade
que de discernimento aos politico
para não destruírem a laicidade da nossa nação.
Deus, Olorum, e/ou Jeová jamais onde estão, ficarão felizes
de ver a fé virar sangue no chão.







Voou a cara de pau,

virou máscara de carnaval.
Saiu no meio do povo
 em plena sextas feira da Paixão
 dançando frevo em pecados
 pra disfarçar o tema em questão.

Quem fingiu não ver seu gingado
 foi por pura concordata 
a Cidade estava cheia de piratas de gravatas.

Aí daquele que dispara
 no coreto da verdade,
pode virar alvo
 ou peneira
 para a tal da liberdade.

Os medos que rondam os dias
 como se bruxa sem vassoura
 vem montados nas escopetas
 que rondam por todo o Estado,
se pecado?

 É armado aquele que na área atua
vai dizer que é direito jogar pessoas mortas na rua.
Ave Maria nos cubra com o seu manto de amor,
viver presos na insegurança
 e como jogar nos olhos da criança
 o spray de pimenta malagueta
 e fechar a sua boca
 pra que não grite
,não fale,
 aceite a cara de pau dos picaretas.
































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