HISTÓRIA, EDUCAÇÃO DIREITO SOCIAL


    

Assim nasceu a Cruzada
UM DIAMANTE COR DE ROSA.

Por. Valéria Barbosa.


Cada dia de nossas vidas descobrimos  algo de significativo, é importante não viver os dias em vão, eles escapolem no tempo como o vento que nos envolve o tempo todo.

Hoje cacei nomes e tentei juntá-los no presente para transformá-los em memórias a serem divulgadas e multiplicadas nos projetos que trabalhamos nas creches da Cruzada do Menor.

Farão sentido!

Tudo começou com um diamante cor de rosa, assim contam na história. 

Uma mulher de elite, educada e culta para a época, 1862, mineira e com  tradição familiar; Maria José Vilas Boas de Siqueira Mesquita, um nome tão longo, como eram os seus sentimentos abolicionistas. Casou-se com um homem a sua altura, o Sr. José Jerônimo de Mesquita. Souberam educar os seus filhos de forma especial, com cultura e respeito à vida.

Ano de 1886, antes da Lei Áurea, o Sr José Jerônimo saiu em procissão com 300 trabalhadores de sua fazendo em direção a cidade de Leopoldina em Minas Gerais todos alforriados seguiam para igreja para assistirem a 1ª missa como pessoas livres.

“Ventre Livre é a escolha de um pensamento liberto tal qual são os sentimentos de um simples e nobre gesto.”

Os seus empregados quando ainda escravos aprendiam música em uma sala construída para esta finalidade o que resultou em uma orquestra que se apresentava nas festas e jantares da fazenda de café.

Será que foi daí o nascimento das bandas de Fanfarras? Preciso indagar a minha amiga Irani Victória.

Em reconhecimento ao nobre gesto, o imperador Pedro II, lhe outorgou o título de II barão de Mesquita. Também recebeu o título de II barão do Bonfim.

A Baronesa Maria José tinha um lindo diamante cor de rosa que haverá sido um presente do seu sogro que era um dos maiores comerciantes de pedras preciosas do império. Em 1920 segundo seus descendentes ela vende este diamante para construir um sanatório em Corrêa em Petrópolis, Rio de Janeiro – Sanatório São Miguel para atender a mulheres e a crianças afetadas pela Tuberculose. A baronesa utilizou o seu prestigio em detrimento de conseguir recursos financeiros entre os seus amigos para manter a obra.

A cor rosa é a do coração a do amor, não poderia ser diferente nesta história e deveria vir como pedras preciosas, pois mesmo sendo preciosas precisam ser lapidadas para se tornarem jóias, assim como as crianças os jovens e idosos que se alimentam desta história.

Fico a imaginar um dos maiores pintores da época Jean Baptiste Debret e que havia sido contratado pelo príncipe D. João VI para pintar o trabalho escravo no Brasil, se ele, Debret, pintou a cena da procissão realizada em Leopoldina - Minas Gerais, será que este quadro existe? Que pena não desenvolvi este dom! Deve ter sido um momento altamente homenageado pelo Panteon Africano e abençoado por Deus.

Para finalizar, em um tempo a onde a riqueza era reconhecida como nobre, os prazeres e os desmandes também. A nossa Maria José aboliu bebidas alcoólicas em suas festas e residência, começou a trabalhar na formação de entidades voltadas para a dependência química, incansável dedicou grande parte do seu tempo, exercendo  a caridade e lutando  pelos direitos das mulheres.

Você sabe quem foi a Sra. Maria José Vilas Boas de Siqueira Mesquita? Não?
Foi uma das fundadoras da CRUZADA DO MENOR estamos aqui neste trabalho também por conta das aspirações dela.

Agora cá prá nós, uma família em uma cidade abençoada igual a Minas Gerais, com um homem chamado José e a mulher Maria, só poderiam querer abraçar os filhos de Cristo e descendentes de Oxalá.


 





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Interessante o texto e nos leva a reflexão por dois fatos, um conhecer as regras claras fincadas nas comunidades populares, onde não há meio termo, e saber que para se chegar a ser um jogador de uma seleção a criança e/ou adolescente passa por um funil.
Conheço um líder comunitário de Acari, o Delei, que além de poeta é treinador, o discurso do mesmo junto aos seus jovens é a favor do trabalho como forma de viver e não o futebol, os meninos são treinados, são avaliados, seguem regras muito claras da escolhinha e sabem que nem todos serão estrelas no futebol, contratados, porém podem e são estrelas na vida, é ensinado o cuidado essencial com a saúde, com o meio, e é despertado o não consumismo das marcas divulgadas pelos grandes craques.
Se observarmos os nossos grandes nomes no futebol, pelo menos uma pessoa da família acreditou no seu potencial e investiu, se sacrificando, acompanhando, incentivando, esteve junto de seu filho dizendo, você é capaz, estamos juntos nesta.
As escolas se prendem ao seu conteúdo e não prestam atenção aos seus talentos, não consegue perceber em suas aulas de Educação Física e investir naquele jovem e muita das vezes se perde valor, este brilho.
Percebemos na Cidade de Deus uma evasão de jovens no ensino fundamental, vejo a luta dos grupos por uma Escola de Ensino Médio e questiono, pra que? Segundo o Ibase 51% dos jovens da Cidade de Deus não chegam ao ensino médio. E como poderiam chegar se evadiram no fundamental?
O que as escolas apresentam de tão desinteressante para as nossas crianças em nosso bairro? É preciso investigar? A onde estão as famílias que não acompanham o desenvolvimento dos seus filhos no ensino fundamental e preciso cobrar?
É muito mais fácil criar uma escolinha de futebol e lá com suas regras claras, ter a figura masculina representando o pai e ensinar deveres para se ter direitos.
A nossa raça tem a habilidade na genética, tem vocação e garra para o futebol, mas talvez por termos sido frutos do colonialismo, nos falta abrir os portões do gueto para deixar entrar as pessoas envolvidas com o processo da educação de qualidade. Ter escolas ou escolinhas é muito pouco para juntar talento com educação.
Enquanto a Educação e a família não assumem o seu papel de construtores de um país melhor que surjam várias escolinhas de futebol para não deixar o jovem se transformar em mais um marginal.
Frente a reportagem e esta reflexão me nego a acreditar que para ser o melhor no futebol só é necessário esta construção hierárquica, mas que estes convocados tiveram o letramento da vida, família sem grandes investimento no processo educacional e com foco no talento do jovem. Se além destes fatores estes nossos craques ainda tivessem uma escolarização que não os envergonhassem, a nível de ser omitida, o Brasil teria conseguido de fato ir para o Progresso, primariamente ainda precisamos de muita ORDEM.

* Valéria Barbosa
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Refletindo sobre a orientação que ofereçi nos encontros, visitas às unidades da Cruzada do Menor, bem como em conversas informais com as coordenadoras e assistentes dos programas que gerenciei,  vi-me motivada com a proposta da pedagogia de projetos sócio culturais fincada na arte popular.

Sei que partiu do meu gosto pessoal pela arte, a idéia dos projetos pedagógicos. O quanto poderia ser mágico o conhecer, o descobrir, e pensei na criança que fui meio século atrás.

Filha de pais semi-analfabetos, moradora em uma favela da Zona Sul, Leblon, favela da Praia do Pinto. Criança muito doente por conta das precariedades da vida, como as instalações sanitárias e as constantes chuvas que invadiam nosso barraco e levavam tudo, mas, dando-nos a possibilidade de aprender com a mesma chuva, desenvolver a partilha, e viver no coletivo dos abrigos. Foi lá que aprendi a ser comunitária.

Foi na favela que a garota encontrou a vida, claro que foi lá! Foi no beco da amizade, foi embaixo das barracas na feira de quarta-feira no Leblon, juntando as xepas com carinho para a comidinha no latão, foi lá que aprendi o que sei de mais valor: a troca, a importância dessas palavras: parceria, comunicação, flexibilidade, e ter estômago para aturar as vicissitudes do percurso na terra.

Lembro que não gostava nem um pouco de apanhar, mas apanhava muito; lembro que não gostava de ver as “caquinhas” boiarem, não gostava de ouvir as brigas da vizinha com o marido, nem de saber que alguém estava com fome, não gostava de não saber ler.

 Era o incômodo me servindo de estímulo para tentar mudar a minha situação social. Gostava dos vizinhos, da escola, da minha família, da minha casa e lá prendi a mágica, que me levaria daquele lugar que eu tanto amava e ao mesmo tempo odiava: os versos, a prosa, o juntar letras e construir histórias. 

Claro que havia muita dificuldade quanto ao vocabulário, pois com o estímulo que eu recebia desenvolvia outras espertizes, como: gerenciar uma casa com três irmãos menores, panelas, água para apanhar; tão longe quanto o sonho, roupa para lavar, fezes para despachar, aprendi a cuidar. Também foi lá, foi na minha meninice.
No meu mundo tão pequeno, pobre decerto, conheci, através de um santo tio, o meu grande companheiro Monteiro Lobato, e me transformei na própria Narizinho para voar na miséria e torná-la ouro em pó. 

Não havia palmatória que me fizesse chorar, não havia dor no estômago que me tirasse o desejo de fechar os olhos e ir para o Sítio, afinal ele era muito mais perto do que onde eu tinha que pegar água para as tarefas. O caminho para chegar ao Sítio era a mão, os olhos, e o transporte era o meu coração.

Na minha favela que hoje teimam em chamar de “comunidade popular”, que também o é, eu escutava o louvor dos irmãos evangélicos e amava; via a procissão dos católicos, e a seguia com fé; escutava o som do tambor e desejava tirar as sandálias, e descalça deixar aquele som tomar conta de todo o meu ser, pois ele já era meu, ecoava dentro do meu peito e utilizava o mesmo transporte que eu utilizava para ir ao Sítio, o meu coração.

Os barracos eram colados um ao lado do outro, daí escutar a conversa fiada e afiada do vizinho. Era a partilha diária da comunicação, e a criança que eu era percebia, ria, chorava de medo, brigava, rebelava-se e obrigatoriamente crescia antes da data estipulada pela vida segundo a epistemologia genética segundo Visca.

Era influenciada pelo meio com o aval de Jean Piaget.

A criança vivia a realidade do mundo adulto. A casa é criada para o adulto, os móveis, os assuntos, as tarefas; e a criança é o espectador de plantão em um plano de visão prejudicado pela sua estatura. E para mim foi esta diferença entre o ser e o espaço, os obstáculos que presenciava da coxia o que me deixou mais curiosa e esticada para as descobertas.

Hoje, peço que as monitoras ensinem para as crianças, idosos e famílias referências pedagógicas que tenham eco em suas vidas. Que valorizem aquelas personalidades que conseguem reconhecer e fazer analogia com pessoas de seu habitat.

Desta foram conseguimos desenvolver atividades que lhes servirão de exemplos e que serão utéis em seus cotidianos. Nesta dinâmica educacional o aprender fazendo, leva o educando a ter mais chances de despertar talentos e principalmente ser inserido no mundo da leitura.

A leitura entra em seu contexto em linguagens diversificadas e este ser percebe o valor de todas as atividades educacionais de forma prática favorecendo a resolução de conflitos que permeiam suas vidas tão pequenas.

Esta metodolofia favorece não só a criança, mas a sua família a apreenderem novos conhecimentos. Mensalmente são montados encontros onde o educando se apresenta para os seus familiares, levando com que haja troca de saberes, valorização quanto a individualidade dos seus filhos, maior aproximação das famílias com o espaço educacional e maior participação da comunidade.

O que resulta um aprendizado coletivado, que procurem mais ler, ouvir e apreciar Noel Rosa, Cartola, Zeca Pagodinho, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Vinícius de Moraes, Monteiro Lobato, Candeia, Cartola, Braguinha, por conta da sede da não somente da minha alma, mas, por conta do copo de água da cultura que deixam de oferecer as nossas crianças em suas casas, talvez imposto pela distância da nascente da informação ou pela demanda de sobrevivência das famílias.

A memória cultural precisa ser preservada. A oportunidade de ouvir, ler e apreciar a arte é uma das formas de se enfrentar a luta pela sobrevivência.

O rio de cultura que corre é maná para os olhos que podem avistá-lo, para os lábios que na sede se umedecem, para as mãos que em conchas o recebe, porém se o rio não corre diante do olhar ou se não se referenda a água potável a este rio, como diferenciar um esgoto de um rio?

Na experiência  pedagógica que obtive procurei mostrar para crianças, jovens, idosos e famílias, que o nosso rio, do qual temos sede de beber, é a tecnologia que buscamos nos instrumentar com CDs, internet, TV, jornais, pesquisas. Procurei descortinar a cachoeira das músicas que tem o poder de nos encantar, as imagens que surgem através da descoberta diária. A sede de saber estar fazendo parte da vida que dá a tonalidade certa e a nossa posição no quadro pintado pela grande artista, a Pedagogia.

Sei que tornar um tema adulto em uma linguagem infantil é um desafio para os profissionais, pois necessitam pesquisar, analisar. 

Dar uma roupagem infantil para estes temas que parecem ser adulto é desenvolver talentos, é reaproveitar a história de vida para trazer à tona assuntos pertinentes aos conteúdos trabalhados, como o perigo do fumo para a saúde, entre outros. Sei também que trazer o adulto para o mundo das crianças é trazer alegria e oportunidade de brincar um pouco, nesta vida tão dura...

O compromisso é este, quanto maior for a nossa curiosidade, a nossa sede de saber, quanto mais a gente cantar, pintar, dançar, falar, abraçar, escutar, mais a gente se aproximará de uma criança. 

O que ela necessita e mais precisa é descobrir que não há miséria maior do que o passar na vida sem perceber que a nossa casa é o melhor lugar do mundo, pois ela é o mundo, com todas as suas janelas e portas para os caminhos do estímulo, do novo, do velho, da nossa história na terra.

Qual é mesmo o nosso compromisso? “Viver e não ter a vergonha de ser feliz” (Gonzaguinha).

Aproximando-as da arte, mostrando o lado bonito, reflexivo, melódico, poético, inspirador da vida, a criança e sua família serão capazes de desenvolver o sonho e empreender em seu destino, estratégia para suportar as pedras colocadas pela sua condição social. Eu ganho mais segundos a cada suspiro contabilizado, mas Monteiro Lobato continua menino a enfeitar a cabeleira de nossas meninas e o Saci a correr e fazer bagunças, a Tia Anastácia é a nossa avó eterna que está guardada dentro do quadro pintado pela saudade. Pintamos a tela de esperança e fazemos a exposição dos sonhos no transporte do coração das famílias, elas estão lá nas pesquisas, nas culminâncias, na ânsia de se ver e ver o seu filho crescer feliz.

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Refleti também sobre o meu carinho pela palavra, porque gosto tanto de escrever,  e daí pensei no desprezo à favela.

Medo do quê?
Medo da faca afiada que é o meu lápis em ação?

Pra mim, fá é uma nota musical cantada até pelos pássaros, e vela é a luz da fé. 

Daí ter nascido em uma favela é ter a música, a arte com luz e, principalmente, acreditar que o candeeiro do amor não pode ser apagado, pois a educação precisa do refrão da continuação, as cores da liberdade é  apalavração dos nossos indicadores. 

Temos o compromisso intergeracional latejando dentro da nossa prática diária e nele o nosso passado cultural encontra o eco no presente da troca.

Melhoramos, desenvolvemos, mas não deixamos de ser registro de nossa própria história.

O desafio maior é com as nossas limitações em educação. O saber não tem fronteiras e não ocupa lugar, ele está por todos os lados estimulando todos os nossos sentidos e nos fazendo fortes diante das nossas próprias aspirações e viagens.

Hoje depois de meses no curso de agente popular de cultura vejo que posso elaborar e acompanhar um projeto cultural, ter a oportunidade de aprender é desenvolver o compromisso com o coletivo.  

O Saber é o oxigênio da libertação de uma comunidade.
Fala favela é vela acesa na memória da nação!
Fala favela, fala pro nosso coração.
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Rio  + 20 sem Flores.
Dia 20/06/2012, indo para a Rio+20.
3 horas dentro do coletivo levou-me a reflexões.
Quem está em casa, está bem + informado do que aqueles que se dirigiram hoje pela manhã para o Rio Centro, bastava apenas ligar a televisão.
O esquema de desenrolo do trânsito deveria ser inspiração para ser utilizado nas encostas dos morros. Funciona para reter o povo.
Copos descartáveis em alguns espaços, banheiros entupidos e pessoas que ainda ousam jogar papel no vaso sanitário.
Na saída muito caminhar. Eos ônibus por onde trafegam? Vale embarcar em qualquer um para sair do lugar.
E o quebra cabeça dos conceitos em relação à sustentabilidade vai se descobrindo adolescente. Em alguns momentos a plenária acredita que a sociedade civil tem muito a fazer e cobrar das autoridades.
Dou uma sugestão:
Deveriam chamar um morador da favela que sobrevive com uma família de mais de 6 pessoas com apenas um salário mínimo.
Ele(a) diria:
• Ando muito para apanhar água moço cada gota vale ouro.
• Aproveito tudo do alimento moço, o pé da galinha é uma gostosura e as sobras  dos pratos o Dindim lambe até o fim. Dentro da vazilha dele é claro!
• Roupa e sapato, não sabe moço? Vai passando de filho pra filho, fica conservado e a gente dá pro vizinho quando os meninos estão grandinhos.
• Por falar em vizinho moço, quando ele faz uma novidade trás um pouco pros moleques e eu faço o mesmo com os dele.
• A casa é pequena e não precisa de tanta luz acesa, na verdade a laje não é minha, não tenho terras, tenho a minha casa.
• Pois é seu economista, o que tenho mais que fazer além de sobreviver? Não é na favela que estão se esvaindo as águas, e sim nos banheiros dos shoppings.
• Tenho visto tantas construções se levantando, os micos correndo de um lado para o outro, estão fazendo teto solar nestes prédios seu moço? Irão aproveitar a água da chuva para irrigar o paisagismo?
• Cobram das crianças conscientização, ensino os meus meninos seu moço, mas como ensinar ao patrão?
• Mas acho importante seu moço este encontro mundial, as diferenças se harmonizam e todos falam bem do mal.
• O mal da terra maior é a falta de compreensão da força que tem o vento, da energia dos raios de sol, do aproveitamento do espaço para plantar o de comer, olha naquele canto seu moço o meu pé de couve, e mais ali perto do pé da menina tem um vaso com ervas que curam qualquer dor. Eu não posso esquecer que dor de barriga seu moço tem goiaba e ela é melhor que um doutor.
• Desculpe a grande prosa, mas foi o senhor quem pediu, é melhor perguntar a receita para este caos para aqueles que chegaram primeiro neste país. Eles com certeza deram pra terra um presente, os índios sabem a resposta.
• Vi na televisão o povo da conferencia cada um com o seu computador, que daqui a algum tempos será lixo, o mal de hoje é este! Muita inteligência, muita fartura e muita gente querendo tudo o de melhor, o melhor de hoje é o entulho do futuro.
* Sugiro para estes eventos seu moço que comprem umas canecas de plásticos e já na entrada deste povo sejam dadas como brinde, e nada seja colocado em outro recipiente que não seja estas canecas. O povo irá selecionar o que bebe e as lixeiras ficarão livre dos copos descartáveis de plásticos e ou papéis. Já é uma ação para um lugar onde vários povos falam sobre sustentabilidade.
É, para sustentar o planeta tem que ter muita habilidade para viver, e eu seu moço...
• Seu moço preciso trabalhar...




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Saber e Poder! Por que a maioria dos jovens não ficam ou vêm para escolas secundárias no Brasil?

por Valeria Barbosa - 24/03/2012
Largo do Anil | RJ
Lei de Diretrizes da Educação Nacional, governando estados de ensino do Brasil do sistema que "é responsabilidade do governo federal para atuar no ensino superior e prestar assistência técnica e financeira para os níveis estadual e municipal. É dever do Distrito Federal, afirma o fornecimento de educação primária e secundária, os municípios para oferecer ensino fundamental e pré-escolar. " Porque é que o ensino secundário não é obrigatório para os jovens no Brasil?
A importância da educação começando na primeira infância (idades entre 0 e 5 anos) tem sido uma ênfase em modelos desenvolvidos por especialistas em educação. No Brasil, até o ano de 2009 o ensino primário era obrigatório dos 6 aos 14 anos, grantindo que 97,6% das crianças brasileiras foram matriculadas na escola.
No mesmo ano é criada a Emenda Constitucional (CE) 59, que se estende educação livre de 4-17 anos, o país terá um período até o ano de 2016 para a sua implementação progressiva em redes. Mas muitos jovens de 15 anos não completaram o ensino primário.
A matrícula do ensino médio para adolescentes de 15 anos a 17 anos no Brasil em 2009 atingiu 50,9%. No Sudeste, no Rio de Janeiro, 60,5% dos jovens estavam matriculados nas escolas secundárias.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1999 a 2009 aponta para a influência da desigualdade social como uma oportunidade mais cedo para os pobres jovens a não ir para a escola ou para fugir dela, principalmente nos anos finais da escola. Neste estudo 32,0% dos adolescentes entre 15 e 17 anos de idade que estavam na escola são pobres e 78% desses estudantes são ricos. Do número total de alunos, 13,1% não o seu ano escolar e licença de 10%.
Porque é que nunca a grande maioria dos jovens pobres chegar ao ensino médio? O que atrai-los fora do ambiente escolar? O que pode ser mudado?
Poucas são as favelas que têm uma escola dentro de sua comunidade. A distância é um fator que pode servir como um obstáculo para o jovem a permanecer na escola. Além disso, a juventude, por vezes, cuida dos irmãos mais novos de modo que os pais podem sair para o trabalho.
Além disso, o mercado de trabalho informal usa a juventude como força de trabalho. Eles só preparar o jovem a permanecer na informalidade e isso não incentiva os jovens a continuar com os estudos formais.
Não existem escolas suficientes para absorver a demanda das comunidades de favela. Devido a isso, muitos alunos são encaminhados para locais distantes de suas casas, rompendo com a família.
A Cidade de Deus é um exemplo eloquente de todos estes desafios. Durante 21 anos, a comunidade vem lutando para a construção de uma escola secundária.
Em 27 de janeiro de 2012 reunião com lideranças locais e moradores diversas, a Secretaria de Estado da Educação concordou em construir uma unidade escolar, que será chamado Pedro Aleixo Centro Educacional.
Com a construção da escola, a Cidade de Deus terá 580 adolescentes matriculados no ensino médio. 6 grupos na parte da manhã e 6 da tarde será criado para responder à demanda da comunidade.
Mas ainda não temos qualquer garantia de que isso vai garantir atendimento mais amplo da escola e redução da deserção. Assim, devemos investir em uma escola com mais qualidade, onde a família é visto como um parceiro. Uma escola com equipe interdisciplinar, que é capaz de fornecer suporte para o aluno e sua família, ao primeiro sinal da possibilidade de abandono escolar. A escola deve ser interessante para o aluno.
Também seria interessante se as escolas de ensino médio levaria em pesquisas sobre os interesses profissionais dos alunos. Assim, por exemplo, se eles estão interessados ​​em ir direto para o mercado de trabalho, a escola seria encontrar uma maneira de lhes dar apoio ou orientá-los a procurar um treinamento técnico.
E onde isso nos deixa? Nós todos devemos perseguir esse direito até a escola é construída na Cidade de Deus -, bem como continuar lutando para a melhoria do sistema escolar no Brasil como um todo.
Este artigo é parte de um trabalho escrito para o Vozes do nosso futuro um programa de Pulso Mundial que fornece rigorosos
novas mídias e jornalismo cidadão de formação para mulheres líderes de base. Pulsar do Mundo
levanta e une as vozes das mulheres de algumas das regiões mais desconhecidas do
mundo.

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