MATÉRIAS JORNALÍSTICAS.







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http://www.canalibase.org.br/mestre-derli-a-cidade-de-deus-ontem-e-hoje/

NOTÍCIAS

Mestre Derli: a Cidade de Deus ontem e hoje

Marília Gonçalves
do Canal Ibase
Quando Derli foi morar na Cidade de Deus, a comunidade ainda não era tão grande. As casas, construídas pelo governo do Estado da Guanabara, não eram separadas por muros e eram bem pequenas, tinham apenas quarto e sala. Era 1966, um ano depois da grande enchente que aconteceu na cidade e fez o governo remover uma parte da população afetada – além de moradores de outras favelas do Rio, como a Rocinha – para a Cidade de Deus, que havia sido inicialmente planejada como um conjunto de habitação popular. Hoje, a favela tem 36,5 mil habitantes, segundo o Censo de 2010 realizado pelo IBGE. Moradores, no entanto, afirmam que o número é bem maior.
A percepção de Derli da Silva Costa, ou Mestre Derli, como é conhecido, é de que a comunidade melhorou muito nessas últimas quatro décadas, em termos de urbanização e serviços públicos oferecidos. Derli é conhecido dentro e fora da CDD por ser capoeirista e ter importante trabalho na formação de crianças, jovens e adultos para a manutenção desta cultura. Atualmente, ele dá aula em uma escola municipal dentro da comunidade, na Casa de Cultura da Cidade de Deus, além de uma academia particular dentro da favela e uma instituição filantrópica em Jacarepaguá.
Agora com 56 anos, Derli é casado e tem duas filhas. Vive tranquilo no Karatê, uma das regiões da Cidade de Deus. Já se apresentou para Barack Obama, quando o presidente dos Estados Unidos visitou a comunidade, ganhou prêmios internacionais e virou até personagem de livro: um pouquinho de sua história é contada por Valéria Barbosa no livro “Os grandes Mestres Guardiões da Cidade de Deus”. Mas sua infância não foi tão tranquila: Derli foi menino de rua dos sete aos nove anos de idade. Conta que, com oito anos, enquanto dormia, três pessoas lhe atearam fogo. Foi socorrido e acolhido por outros três que lhe apresentaram a arte da capoeira, aperfeiçoada ao longo dos anos com outros mestres. Morava nas ruas de Ipanema, onde participava de rodas de capoeira e era, vez ou outra, alimentado por artistas como Leila Diniz e Marieta Severo.
Ainda não está cem por cento: o que tem de melhorar na Cidade de Deus.
Derli acredita que os serviços públicos prestados na comunidade ainda não estão “cem por cento”. A quantidade oferecida não dá conta de atender toda a população, logo, aumentar a oferta dos serviços que já existem, como a coleta de lixo, por exemplo, já seria um grande avanço. O poder público, que planejou a Cidade de Deus, parece não ter dado conta de seu crescimento. Apesar da comunidade ter diminuído 3,98% nos últimos dez anos, ainda segundo dados do Censo 2010, os serviços não atendem a todos.
Quanto à urbanização, Derli reclama das obras que estão acontecendo atualmente na CDD, realizadas pelo projeto Bairro Maravilha. “O cimento é fraco, quebra toda hora”, comenta. Ele diz que para os moradores da Beira do Rio, outra favela da CDD, a situação é pior. “É uma região em que passam muitos caminhões, carros de carga, então o asfalto não aguenta”. Essa área depende de uma manutenção mais cuidadosa. Apesar disso tudo, Derli diz estar satisfeito. “A Cidade de Deus está melhorando bastante. Antes não tinha nada aqui”, afirma.



http://www.youtube.com/watch?v=eUGMyIv6Atg

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http://www.famalia.com.br/?p=13583

Lançamento do livro dos Mestres da Cidade de Deus

Histórias da Cidade de Deus contadas por seus Mestres Guardiões “Os Grandes Mestres Guardiões da Cidade de Deus – Fazedores de Destino”, com este título, Valéria Barbosa registra em obra literária a importante história de onze moradores (hoje idosos) da comunidade da Cidade de Deus, zona oeste do Rio. Eles influenciaram diretamente na formação de crianças e adultos do local, através de oficinas, aulas, cursos e a criação de espaços culturais. “São pessoas que repassaram seus saberes para outras, apenas por serem mestres ou deixaram um legado cultural para a comunidade, eles fizeram em vida história na Cidade de Deus”, explica Valeria.
Desejando eternizar as ações positivas destes mestres para que sirvam de exemplo principalmente entre os jovens, a autora se inspirou nas inesquecíveis lembranças quando acompanhou, ainda criança, do processo de realocação dos moradores da Praia do Pinto, na Lagoa (zona sul) para a Cidade de Deus. O Livro traz as lembranças dos “Mestres Guardiões”, narradas por dois personagens, a Memória e o Arquivo, misturando histórias reais e ficcionais, onde o sonhar e a realidade dão o tom pedagógico à obra. “Escrevi esse livro pensando em passar o conhecimento dos Mestres para os jovens, estudantes. Por isso pensei na escrita didática”, diz Valéria.
Entre os personagens estão: Vó Zefa – mestre na ação social Mestre Miúdo – repassa a cultura da Folia de Reis até hoje formando palhaços e não permitindo que esta tradição se acabe. Mestre Derli – ao longo de décadas vem formando mestres na arte da capoeira. Mestre Therezinha – com sua dedicação ensina corte e costura para as mulheres da comunidade favorecendo o empreendedorismo. Mestre Dona Benta – símbolo da luta pelo empreendedorismo de mulheres. Mestre Jandira – com a técnica de teatro e dança durante anos favoreceu a comunidade, além do seu trabalho como catequista. Mestre Alfredo – ícone de orientador na Igreja, servindo de exemplo aos jovens da comunidade. Mestre Severino – capaz de abrir mão de sua birosca para fazer um Centro Cultura. Mestre Tuca – poetisa, cantora, compositora, artista plástica e atriz, esbanjando talento e amor na hora do repasse para os idosos.
Mestre Ovídio Bessa – compositor Mestre Obassy – compositora, poetisa e atriz Sobre a autora: Valéria Barbosa foi moradora da Praia do Pinto no Leblon e da Cidade de Deus. Educadora, agente popular de Cultura, jornalista cidadã do Word Pulse, tem como compromisso o desenvolvimento das pessoas da comunidade da Cidade de Deus – da criança ao idoso. SERVIÇO: “Os grandes Mestres Guardiões da Cidade de Deus – Fazedores de destino”, Ed.: Novo Autor / 2012 – 124 pgs – R$ 20. Informações e compra: 7899-7294 ou pelo email: valcdd@hotmail.com

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http://www.afroreggae.org/mulher/obra-traz-a-historia-dos-mestres-e-mestras-da-cidade-de-deus




MULHERPOR AÍ

OBRA TRAZ A HISTÓRIA DOS MESTRES E MESTRAS DA CIDADE DE DEUS





AFROREGGAE

Fotos do Eflyer criado pelos produtores do evento

No próximo dia 27 de abril acontece o lançamento do livro “Os Grandes Mestres da Cidade de Deus – Fazedores de destino”, de Valéria Barbosa. A obra retrata o exemplo de onze pessoas talentosas da comunidade, hoje na melhor idade, que tiveram suma importância na formação de vários adultos de Cidade de Deus. Esses baluartes da cultura local repassaram seus saberes para outros moradores, como grandes mestres, e deixaram um legado cultural para a favela. Dentre as muitas histórias você lerá a do Mestre Miúdo, que repassa a cultura da Folia de Reis, até hoje formando palhaços e não permitindo que ela se acabe; o Mestre Derli, que ao longo de décadas vem formando mestres na arte da capoeira; A Mestra Therezinha, que com sua dedicação, ensina corte e costura para as mulheres da comunidade, além de favorecer ao empreendedorismo; a Mestra Jandira, durante anos com a técnica de teatro e dança, favoreceu a comunidade além do seu trabalho como catequista; os Mestres Ovídio Bessa, compositor, Obassy, compositora, poetisa e atriz, e Vó Zefa mestre na ação social, fizeram em vida história na Cidade de Deus. Essas são apenas algumas das muitas histórias de protagonismo e multiplicação de saberes e fazeres na Comunidade de Deus.

Sobre a autora:

A autora e pegagoga Valéria Barbosa da Silva nasceu na favela da Praia do Pinto Leblon e foi transferida para a Cidade de Deus no final dos anos 60. Começou a trabalhar com educação aos 16 anos na Igreja Anglicana da CDD, depois na Creche Maria Beralda (FIA) durante 16 anos e na Associação de moradores com pessoas da melhor idade, crianças e jovens. Seus amigos vieram junto com ela no caminhão de lixo na transferência e hoje, a escritora presta homenagem para vizinhos, pessoas que tornaram a vida das crianças daquela época um pouco melhor.
SERVIÇO:
LANÇAMENTO DO LIVRO: “OS GRANDES MESTRES DA CIDADE DE DEUS – FAZEDORES DE DESTINO” DE VALÉRIA BARBOSA
A AUTORA ESTARÁ AUTOGRAFANDO A OBRA NO LOCAL
DATA: SEXTA-FEIRA, 27 DE ABRIL DE 2012, ÀS 15H
LOCAL: CASA EMILIEN LACAY – CRUZADA DO MENOR
ENDEREÇO: RUA EDGARD WERNECK, Nº 420 – CIDADE DE DEUS – RIO DE JANEIRO – RJ
ENTRADA FRANCA – CENSURA LIVRE
Confira o eflyer do evento:

Eflyer criado pelos produtores do evento


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Mini Território sobre os Mestres.

http://www.4shared.com/mp3/WQZmQJdU/Mini_territorio_Mestres_da_Com.html

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http://www.universidadedasquebradas.pacc.ufrj.br/veja-o-depoimento-de-valeria-barbosa-sobre-a-uq/


Um relato de como uma linda trajetória encontrou as Quebradas pelo caminho.
“Aconteceu de forma interessante a minha entrada na Universidade das Quebradas. Recebi um e-mail falando sobre o curso, resolvi me inscrever e diante da ficha de inscrição já começou o meu aprendizado.

Sou um artista, é para artista, o que é um portfólio?
Fiz pesquisa no Google e comecei a juntar todos os meus trabalhos:
- Tenho poemas editados;
- Tenho dois CDS de composições próprias onde solo;
- Estou escrevendo um livro. Já tenho um editado e outro esperando financiamento;
- Canto em dois corais, um do Conservatório Brasileiro de Música – Polifonia Carioca com uma partitura na mão, um olhar analfabeto nas notas musicais e um ouvido bilíngue que canta em alemão um Réquiem de Mozart o outro descalça e cantando em Iorubá as cantigas do coral afro N’Kóórin Olóórun.
Me descubro artista apesar da timidez.
Na chegança participando do aconchego dos mestres acadêmico e dos mestres periféricos, escuto a palavra Quebradas se referendando à Favela, periferia e fico a questionar internamente:
Mas eu não sou quebrada, sou favelada, mas é assim que é conhecida a periferia em São Paulo.
Quebrada sou inteira. Inteira sou quebrada – Não sou!
Com o contato, com a dinâmica do curso e mais ainda com a troca descobri um sentido para a palavra que me desafiou o entendimento em sua chegança.
Cada parte é um sentido, um sentimento profundo que está no entendimento por um saber adquirido com aquele ouvido desenvolvido nos becos que os nossos pés favelados sujaram descalços na dor.
Se cada um é uma parte: parte da cultura, parte de uma partida transferida para uma nova história de vida, parte de lembranças, de saberes nos encontros dentro do próprio gueto e ou do aprendizado no lombo humano em uma vida parca, será que sou, somos quebradeiros?
Para se unir, juntar as partes e reconstruir esperanças é necessário utilizar a cola do valor, o valor é mensurado nas respostas e aplicação na vida, e este valor é potencialidade quando nos reconhecemos protagonistas do saber e desta forma nos imponderados de nossas histórias.
Então eu sou uma quebradeira, já fui quebrada, já quebrei muitos paradigmas e potencializei o juntar dos meus cacos. Assim como sinto no tremor das vozes dos meus amigos.
Reconhecer suas partes neste ajuntamento de histórias de vida é de fato participar de uma academia com pessoas fortalecidas culturalmente e com o dom de sobreviver com os cacos das políticas públicas.
Além de quebradeiros somos uma versão do Partenon com um tempo menor de durabilidade, em constante reconstrução além de sobrevivendo das grandes destruições e transferências, talvez sejamos um pouco bruxos, pois se vez por outra tocam fogo para acabar com a nossa essência, porém, fazendo histórias, graças ao sentido do respeito às individualidades.
Descobri que eu sou Valéria Barbosa na 3ª pessoa do singular, inexisto sem a minha comunidade ela sobrevive sem mim, então continuo quebradeira.
Fui cutucando cada vez a minha memória e entendi que a coragem foi potencializada neste período, o que me fez ir em busca de mais saber, entender sobre o ser, sobre o concreto, sobre as civilizações, ter noção de tempo e espaço, tendo como referencia a história. A cultura popular sendo revelada, as Quebradas é inteira, inteiramente aberta para os favelados.

Não importa se a universidade é dos Favelados ou das quebradas, todos nós somos quebradeiros, aplaudimos a tanto saberes do lado de lá e do lado de cá, estando em um círculo a olhar nos olhos o poder do saber.”
Foto: Mauricio Medeiros


http://www.pacc.ufrj.br/pessoas-ou-lixo/

Valéria Barbosa, aluna da Universidade das Quebradas, do Polo de Manguinhos, foi selecionada junto com outras 30 líderes femininas pelo site Word Pulse - rede global de mídia e comunicação dedicada a reunir, conectar e ampliar a voz feminina para transformá-la em uma poderosa força para a mudança – para fazer um curso de Mídia 2.0. Valéria, a única brasileira, e as outras 30 líderes foram selecionadas entre mulheres de 189 países. Leia a seguir o texto que Valéria enviou para concorrer a bolsa de estudos. (Clique aqui para a versão em inglês, publicada no World Pulse). Confira mais textos publicados por ela no World Pulse.

PESSOAS OU LIXO?
Meu Deus, não consigo dormir. Promove em mim o fogo que destruiu os barracos da favela, quando eu era criança. Eu sei que não estou sonhando. Revivo cada memória quando ouço de alguém com as cenas semelhantes do meu passado. Ainda estão sendo usados para destruir a pobreza. A destruição de seu sentido original de pertença.
Os nomes dos programas de mudança de mudança de governo. Um valor de máscara, bem como formas de engenharia de exclusão que eles usam. A metodologia de expulsar as classes menos privilegiadas de transferências é desagradável.
Agora querem ensinar as famílias aprendam a viver em uma casa. Não devemos esquecer que as mulheres estão longe da periferia para limpar as paredes e fazer os alimentos que sustentam a vida diária de seus empregadores, que deve ensinar a quem?
Quem é capaz de dominar os serviços?
Poderia dissecar esta questão como um médico faz em um cadáver para ser estudado. O que é chamado uma subclasse? Atrevo-me a dar apenas um vislumbre de uma menina presa na idéia de memória: tem menos dinheiro, nascido em um país fértil e abundante vegetação. Berço das águas do mundo, com o fornecimento de petróleo, com uma vida e clima e sabendo que o proprietário é quem tem a posse dela. Quem deu os estados para capitães e barões? Aqui era uma terra de índios.
Todas as pessoas nascem sem riqueza, e necessita de cuidados básicos para a sobrevivência, não vai dizer que a pobreza aumenta o poder de desigualdade de poder, reduz o outro a ser sempre miserável.
As questões políticas dos programas são criados sem a digsm cidadãosque realmente precisa. Promove o domínio que não está dividido. Eu não quero deter-me sobre esta questão por ter nascido sem recursos financeiros. mas nunca me senti inferior.
Se eu sobrevivi com os restos do poder, comendo restos de comida, não ser espancado, ter uma casa decente, vivendo com as fezes de uma comunidade, tendo que assistir o quadro pintado com as cores do calibre de armas. Onde a exposição de seus modelos nas cenas de derrubar os meninos ainda priorizando o chão vermelho e corpo negro como pano de fundo. No centro da vida tornam-se rotina tela da janela do nosso caos da infância, produzida por uma transferência que afetou os sentimentos de uma comunidade.
Eu não posso acreditar que o cidadão pobre é menos capaz do que os ricos. Não ter tido o benefício de possuir propriedades, é uma questão histórica da colonização. Se é permitido a nascer pobres, construir cabanas, é preciso também fazer parte deste problema como um direito constitucional.
Eu me lembro da transferência de favelas. Eu vivi 42 anos atrás, eu estava removida em um caminhão de lixo, juntamente com os vizinhos e eles eram todos de ouro para nós. Tudo por causa de que o tempo e o poder reinante em uma especulação dictatorship.Investing política.
E agora é a Copa do Mundo que será em grande parte responsável pelas transferências. A comunidade será tratado como lixo novamente, sem levar em conta a história de suas vidas. Tratados como resíduos.
O governo, a fim de acelerar o crescimento através dos seus programas, que destroem famílias passou anos economizando Eles jogam no chão com a demolição de ligações concretas com o espaço consolidar sentimentos pessoais ea história de um povo.
Crianças tornam-se confusos, desengatar a história de uma era, e comportamentos contribuem para aculturar, neutralizados os recursos que formam a tecelagem espertises nativa de um povo.
Eles não sabem de design e trabalho em equipe, administração pública é dividida em classes que não estão interligadas. Não ter futuros moradores como dar sua opinião ou aproveitando o que foi construído para tirar a vida de quem ganhou.
Os desfavorecidos são empondera para continuar sua vida com sua família na inutilidade. Trabalho, matricular seus filhos em um sistema escolar perto de sua casa, é a ajuda de vizinhos tudo entrou em colapso, ele tem que começar, não há laços fragelização emocional e histórica com o espaço não é apenas uma peça que se move de um tabuleiro. Ele é a vida que eu tenho interesses.
Hoje estou de luto, ver os destroços de casas em uma área onde os moradores esperando o dia de sua casa, seus sonhos, suas vidas veio ao chão.
O chão. Há pedaços no chão que nunca vai ser reconstruído, o suor do rosto do trabalhador, os gritos de uma criança e suas risadas, adoro o design de cada membro da família. O sistema deitado no chão de seus programas que desqualifica o concreto é o sentimento mais importante desses seres.
Pergunto por que mais e mais o mundo é frio? Como as reações naturais que cerca de clima quente?
É o amor que exige cuidados, mais espiritual, ambiental, para começar a valorizar a vida?
Como não se sentir sendo tratado como lixo, tirar sua vida, sua história destruída nos escombros?
O pobre cidadão não tem sentido? Não tem história?
Você tem que pensar muito antes de lançar o ambiente de programação quanto maior a massa da população. Tornando-se o lixo, isso já está em processo de tratamento.
Se o poder transforma as pessoas e o que eles acreditam no lixo dumping nas enchentes neste ato com a civilização. Fermentação em si está sob o assento de amor ao próprio. Permite que as pessoas sejam exterminados sem lógica em ação em favor de um desequilíbrio emocional, estão destruindo o sistema ecológico de vida.
Precisamos intervir. Oferecer um contexto reflexivo da educação, devemos aproveitar nossas crianças a aprender os valores da vida, ética, respeito as pessoas. Hoje, a situação fede poder na trincheira com fetos, crianças mortas, famílias desfeitas e seus próprios resíduos, poluindo o mundo com a vergonha de seus atos imorais.
A população votante do ditador à frente de miséria, é necessário intervir no processo de escravização do sistema que envolve a remoção do valor de etiqueta para convencer nossos dias ser pirata de todos os social.
Nós não precisamos de ganhar esmola, a esmola como s criança, queremos ganhar caminhos, direções, qualidade de vida, eo protagonista de nosso próprio sucesso, assim como a maioria considerada de elite.
Nós não precisamos desse ato porco para aprendizes ou rótulos de pessoas.


I am not an object to be owned. I'm only one person and I deserve to be loved.


In this drawer, joined discernment, and even a tone of regret. And pain. I recognized the desire that was behind that behavior as aggressive.
Nothing hurt more than the pain of helplessness, knowing the love of my father and his distorted form of care as parent. In fact, he fought when he wanted to protect. He only knew how to deal with people like that, as if they were cattle. For years, he did not want to give me his name, thinking that I was not his daughter, because I was born female.
I learned to read alone. As I needed to go to school, my father was forced to register me and to recognize me as his daughter. I was nine years old, so I could finally attend school.
I read everything I could find, but often did not go to school because my body was always marked by physical aggression. I was often admitted to hospital with bronchial asthma attacks.
My father wanted to read and write, and could not. It seems he had neurological limitations that prevented him from understanding the content.
My dad would not let me go outside talk to people He said I would get lost in the world. I had a brother 1 year younger than me, and he could get out; go to school.
My father said I should not have been born but that my brother was a good son.
I had a temper. I said, "Wrong!" I did not agree, but if I spoke I was beaten. I never shut up even when I was covered in blood.
Who created me? If I disagreed, I spoke, yes! I did not care to be good; I just wanted to be respected. If we were playing ball in the street, and it was around the time my dad got home from work, my brother ran home. He was very afraid of my father. But I forgot and continued to play. I thought I should not hide from him what I did. I was sure what I did was correct.
I liked going to my father's work. I would help make a list of the players' uniforms. See it working, stirring in máquinasde fix-industrial washing machine, moving to make piles of uniforms and joining the pairs of meões, coordinating employees under their responsibility.
And I was proud of him. He could not read, but he needed to He was very clever. With numbers, he was able to play and multiply. But with the letters, he had barriers up to make him cry.
I used to watch and think, so hardworking, beautiful, and intelligent. He sometimes had a loving gaze, held my hand tightly. But his hands were my problem: both kneaded clay, he forgot to learn how to nurture a child.
Affection, like building a life, may be natural or conquered. I went in search of love.
A child who does not have love or feels unloved, arranges a way to satisfy the need. In my childhood, I always created a way not to suffer.
I created a drawer of substitutions, I could count the strokes that wanted me.
My godfather was summoned to replace the male figure, which I desperately needed, and he was the representation of a parent.
He was affectionate, took me to travel, always went to Campos, along with my godmother. How many times he was riding and I climbed on his coat? He ran after me in the Lighthouse beach, took me to see the dances, laughed, walked jeep . Jipe it is a car without bonnet for walking in mountains and mud.
He had a cheerful demeanor and very affectionate. My godmother was the educator. I loved hiding, hiding, and wearing her wigs. I would look for the mirror. I wanted to see myself. In my house, we did not have mirrors.
This is an excerpt from my book Stuck Heart. In my troubled life I made a comfortable life. I use the language of poetry to talk about pain.
In the book I talk about my life story as if speaking of a closet full of drawers I open the drawers and arrange the problems of the past along with the solutions I found.
"This is an excerpt from my book stuck Heart - On the dresser troubled life. Poetics use the language to talk about the pain."
"This is an excerpt from my book stuck Heart - In the troubled life comfortable life. Use the language of poetry to talk about pain.
In the book I talk about my life story as if speaking of a closet full of drawers, I opened the drawers and arranging the disputes of the past.

SEXTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2012


http://worldpulse.com/node/58854

http://worldpulse.com/node/58854

She arrived for to the enrollment of herchild in daycare. With her head down,a lost look on her face.
After a few minutes of the interview, she felt welcomed to tell about the pain that cut her  heart. Her downcast eyes filled with tears as she said, “Tia, when I was little, I lived in a boarding school, I was sexually abused twenty five times by the man who owned the place. The other children were also abused. I can not forget this fact and now I need to tell my story. Today I am a mother. Knowing that my son will stay in a safe place like this gives me great peace.”
She continued to speak, “I went through so much pain when I was a child. I was abandoned by my family, sexually abused, but still managed to take care of my life. I worked hard and managed to buy a space. I worked in a warehouse to and still found  time to take care of my house and children.
In the place where I had my shop, there was and still is, a monopoly of power by former police officers. Every week they charge the shopkeepers money. The shopkeeper must pay or be punished.
At first I could arrecar money to give to them. But the financial situation was getting hard and I could no longer afford the payment . They kicked me out of my house and my shop.  I lived under the overpass in a wooden shack.
Do you think they were satisfied with the destruction they brought to my life and my children? Nah, they found me at my new address, under the overpass  my house built of leftover wood. They were very aggressive, true brutal beasts, monsters. They wanted to rape my 8 year old daughter. You know what it is to go through this?
I fought with them not to hurt my daughter. I begged them to take me, but not touch her. And there before my children, all of them, three men raped me. They did not touch my daughter.
And I was there, after they left, like a bunch of garbage, thrown into a corner of the hut, embraced by crying children terrified by what they had seen.
I created forces to rise , fetch water and wash away the filth that those disgusting pigs had left on my body, but my soul was cut into a thousand pieces.
For 5 months I forgot what it was to have a body, to be a woman. I dared not look in the mirror, or allow myself to feel pain. The only strength I had was to take care of my children.
The story does not end there! After a while I started to feel bad. I went to the clinic, and was found that I was 5 months pregnant. Pregnant by those monsters!. I did the ultrasound and learned that I was pregnant with twins.
What to do? Who could I ask for help?
I was having to accept psychological counseling for my children although they were not to blame. I could not report those monsters. They would send their accomplices to kill me.
And I'll have another problem if the bad guys know that I'm pregnant. The local thugs may want to kick me out of where I live.
You know what it is to live this way?,” This brave survivor concluded her story.
How many times have we heard similar stories and with a sense of impunity.
This woman who suffered so much, asked me not to reveal her name. Yet she is only one of many women around the world who suffer from gender violence; social, sexual, among other forms.
What can a professional do when you hear a dramatic story like this? We have to have professional care lines and firm action, protective and within the laws of each country. The first reaction is to be indignant. Making sure that there is no justification for it to happen and that such violent action is reported.
Welcoming the victim should be prioritized, creating a space of trust and comfort where she can share the pain that she keeps a secret. After the catharsis of pain, design a plan of action.. If her life is threatened, you must convince her to seek a refuge for victims, and  submit to social and psychological care as well as the care of local health service.
The action should be multidisciplinary and perpetrators reported to the police.
Offer educational and social support for children with social service visits and monitoring.
It will not be easy to take action.  We are not able to assess the consequences of such trauma for all family members, but we must intervene and follow this case giving security for this woman, her family and others like her.



Rio+20: Highlighting the Voices of Women

World Pulse delivered the voices of grassroots women leaders to the UN’s 2nd Landmark Earth Summit in Rio de Janeiro, Brazil

Hear a selection of their recommendations, exposing that sustainable development must tackle issues ranging from sanitation to land rights to economic empowerment for women.
"The grandchildren of today’s youth will need to eat, to breathe, to have their thirst quenched."

VALÉRIA BARBOSA DA SILVA, BRAZIL

© Lourdes Segade Botella
"Garbage collects in heaps and dust and plastic bags fly throughout the air."

BAGIRATHI RAMANATHAN, INDIA

Recommendation: Invest in Community-Driven Development

BRAZIL: The Future of My Grandchildren
My city of Rio de Janeiro is beauty: It has stunning beaches, breathtaking scenery, and hospitable people. The beauty of the city goes beyond the landscape and extends to the culture of the people. Many of our people live in the many favelas of Brazil, sometimes called slums.
Poor immigrants make their homes in risky areas—on hillsides, on the banks of rivers, in places that are not structured to uphold homes. When the rains fall, there are always losses, either the death of loved ones or the collapse of homes. In addition to environmental issues, favelas are known for violence and high rates of drug use.
We have taken measures into our own hands. Policing units are working to create a state of peace. There are groups working on issues of urban sanitation. In partnership with the government, civil society provides care and social programs for these at-risk communities. But we must go further.
All must unite for the sustainable development of our state, our country, and our world. We must invest more in education, teaching our children to preserve their planet. This means lessons in entrepreneurship, recycling, conservation, and better utilization of natural resources.
Teach children and community members to ask questions. What do you do with leftover food to discourage insects and rodents? How do you reduce the flow of debris and sewage? How do you conserve water? Protect vegetation? Does new construction meet the environmental needs of the future? By asking these questions, we allow people to envision a new world.
The grandchildren of today’s youth will need to eat, to breathe, to have their thirst quenched. And the parents of the future—our youth today—need to eat, breath, and have their thirst quenched. And for that to happen, people must feel responsible for the longevity of our planet’s natural resources.
Valéria Barbosa da Silva | Manager, ONG Cruzada do Menor | Brazil


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Published on novembro 17th, 2011

Jandira Tavares
Por Valéria Barbosa
Foto: Guarim de Lorena.
Sempre ensinou nas igrejas por onde passou a arte e o amor. Os seus anjos dançavam, a sua menina pobre sonhava em ser bailarina; cantar, representar, contar história para as crianças, valsas de Strauss, balé clássico, tudo o que ela aprendeu ela continua a ensinar, lembro ainda menina de vê-la fazendo tecelagens e bordados.
Não é de cristal é de curiosidade; se a enxurrada a carregar se quebrar? É de ferro como as ferramentas dos guerreiros, é pra ser entregue a quem quiser caminhar. No Programa Casa Emilien Lacay/Cruzada do Menor emerge a 1ª Mestre da Comunidade da Cidade de Deus a compor o desejo de criar um livro, Jandira Tavares 88 anos.
Nascida no dia 27 de fevereiro de 1923, na Cidade do Rio de Janeiro. Moradora na juventude da Favela ilha das Dragas, comunidade que margeava a Lagoa Rodrigues de Freitas, no Bairro da Lagoa, Zona Sul Carioca. Na época esta favela era próxima a favela Parque Proletário no bairro da Gávea e da favela Parque Proletário do Leblon e a da Praia do Pinto, as duas últimas separadas apenas por um muro com vários espaços por onde as pessoas passavam.
Esta área foi influenciada pelo trabalho social do então pároco da Igreja Santos Anjos Dom Helder Câmara. As falas de Dom Helder já denotavam a sua forma particular de agir em prol do desenvolvimento coletivo.
• “A maneira de ajudar os outros é provar-lhes que eles são capazes de pensar.” (Dom Hélder Câmara)
• “Se der pão aos pobres, todos me chamam de santo. Se mostrar por que os pobres não têm pão, me chamam de comunista e subversivo.” ( Dom Hélder Câmara)
• “Deus nos ensinou a não aceitar facilidades, mas a encontrar Vida na dureza da Cruz” (Dom Hélder Câmara)
Moradora de palafita, tendo o esgoto tão próximo aos seus pés que sonhavam percorrer o mundo. Em áreas sem saneamento básico, sem água, vaso sanitário e água potável somente conheciam e utilizavam quando frequentavam as casas das patroas de suas mães, assim como Jandira. Naquela época senhoras da classe média alta se mobilizavam ao assistencialismo dando o apoio as famílias vitimas constantes das enchentes. A lagoa Rodrigues de Freitas enchia inundando os barracos das favelas, parte das vítimas trabalhavam para estas famílias que as abrigavam durante este período de catástrofes e as ajudavam na reconstrução de um novo momento.
Havia os terreiros de Umbanda e Candomblé e a Igreja Santos Anjos no Leblon que serviam as três comunidades esta era católica e dirigida por Dom Helder. Na Ilha das Dragas foi instalado pelos americanos o Ambulatório da Praia do Pinto, eles também tinham uma igreja na Praia do Pinto, a igreja Anglicana Christo Rei, onde além dos cultos eram feitos trabalhos sociais e cursos profissionalizantes. Era tudo muito perto, inclusive a praia e o trabalho das famílias destas comunidades.
Com a transferência das comunidades para a Zona Oeste o Ambulatório da Praia do Pinto passou a funcionar no bairro do Jardim Botânico, na Rua Maria Angélica atendendo as famílias da Rocinha. A Igreja acompanhou os seus fiéis e inaugurou uma sede na Comunidade da Cidade de Deus.
Na infância Dona Jandira acompanhava sua mãe ao trabalho doméstico e muita das vezes a ajudava nas tarefas foi apadrinhada por esta família. Sua madrinha, patroa de sua mãe era professora de balé clássico. Da fresta de uma das portas Jandira observava a filha da patroa e as alunas aprendendo a dançar, por trás da porta experimentava a repetição dos passos apreendidos por seu olhar.
Jandira cresceu, começou a frequentar o Ambulatório da Praia do Pinto aprendeu a fazer tapetes, quadros, pintura em tecido, confecções com lá. Durante muito tempo auxiliou naquele espaço, se casou e teve dois filhos.
Chegou à Cidade de Deus em 1967 por conta da política de remoção das favelas, católica fervorosa, e discípula de Dom Hélder Câmara procurou se aproximar da igreja local para desenvolver o que mais gostava de fazer, ser catequista. Sempre ajudou na Igreja Pai Eterno São José, em Cidade de Deus mais conhecida como Igreja do Padre Júlio.
Padre Júlio Grooten, holandês, fundou a Paróquia no dia 1 de outubro de 1968. Padre Júlio é uma das referências nesta comunidade, um grande visionário, preocupado com as questões sociais, faleceu em 1999 deixando a comunidade com o sentimento de orfandade. Por lá passaram vários padres, porém esta catequista atravessou décadas na missão da catequese. Com sua ação de fé voltada para expressão da dança e do teatro, conseguiu despertar nos seus alunos o compromisso com as pessoas e a relação de pertencimento com as raízes culturais de nosso país entre os seus alunos a gerente sócio pedagógico da Cruzada do Menor.
Jandira, ou Dna Jandira aproveitava as atividades da Igreja para por em prática a sua vocação como bailarina e quando surgia uma comemoração, ela arrumava os anjos, a família Santa representados por suas crianças, introduzindo a dança com a leveza dos movimentos.
“Eu não acredito em um Deus que não saiba dançar.” (Nietzsche)
Os movimentos falavam de toda uma história vivenciada nas laterais de uma caixonete de madeira. Da conquista deste olhar surgiram momentos de aprendizado e o desejo de multiplicar este saber. O movimento foi capaz de falar e de se alojar nos seus desejos e replicá-los, conforme foi ficando adulta assumiu trabalhos religiosos onde estes movimentos surgiram como facilitadores da mensagem que já tinha se apropriado como Mestra. Quando optou em ser voluntária da Casa Emilien Lacay/Cruzada do Menor, em 1990. Dona Jandira assumiu mais uma responsabilidade além da exercida na Igreja, trazendo como legado o saber conquistado com o seu olhar; a dança e somando atividades de teatro, desta forma foi uma inspiradora da metodologia utilizada pela Instituição.
Hoje aos 88 anos, faz parte do projeto Multiplicadores da Alegria se apresentando com outros idosos em espetáculos para os asilos no estado do Rio de Janeiro, porém, da mesma forma continua a sua paciente missão de mestre ensinando as crianças passos de dança e/ou dando o seu carinho. Dona Jandira se casou pela segunda vez com o Sr Jair da Silva, na Igreja Pai Eterno São José, com toda a pompa de uma eterna apaixonada tendo pajens e daminhas de honra 25 crianças de uma turma da casa Emilien Lacay/Cruzada do Menor. Uma noiva linda e feliz. Atualmente viúva, continua a sua missão levar saber, esperança e alegria a todos com quem convivem diariamente.
Um exemplo de mulher, mãe, avó, amiga, voluntária, cristã e cidadã da Cidade de Deus.

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Os Grandes Mestres Guardiões da Cidade de Deus por sua escritora Valéria Barbosa

Os Grandes Mestres Guardiões da Cidade de Deus – Fazedores de destino, é um livro que surge a partir de uma monografia do curso de Gestão Pública de Cultura ministrada pelo ComCultura/UERJ em 2010. A pesquisa monográfica com o título Saber e Poder- Esticando Limites, teve como orientador o Professor Adair Rocha.
Os Grandes Mestres Guardiões da Cidade de Deus por sua escritora Valéria Barbosa
Escolhi para tema desta monografia falar sobre a influência positiva do idoso da Cidade de Deus na minha vida e de demais amigos que vieram morar nesta comunidade no final dos anos 60.
Relata a Influência do idoso na vida da criança tendo como ambiente para pesquisa a Casa Emilien Lacay/Cruzada do Menor- Em 1995 comecei a perceber que as crianças gostavam das músicas que os idosos cantavam e das histórias que contavam. Desta experiência implantei na instituição Cruzada do Menor a metodologia sócio intervencionista tendo como base projetos socioculturais. Os temas emergiam deste encontro diário dos idosos com as crianças. Por conta desta experiência prática fui buscar na academia embasamento teórico para dar continuidade a esta mudança e a fazer ser reconhecida como um produto que emergia deste encontro intergeracional.
Percebi que estava preservando a cultura do nosso país, resgatando a memória trabalhando com temas onde a vida de personalidades da música, literatura e artes plásticas eram/são repassadas para as crianças, idosos, jovens e famílias.
A prática surgiu antes do conhecimento teórico, porém a prática foi facilitada pelas interferências que haverá experimentado no passado, na infância. Desta forma o livro surge desta pesquisa que iniciou em 1995 e que foi chancelada em 2010 pela aprovação da monografia.  
As histórias dos mestres são contadas de forma lúdica. Não busquei fazer uma biografia, e sim sinalizar o saber destes Mestres. Resgatei elemento interessante da vida cultural destes idosos para compor as histórias.
O objetivo deste livro é despertar o respeito e o cuidado com a pessoa idosa.
Decidi fazer este livro por ter um compromisso com a minha história que está imbricada na daquelas pessoas, a produção é independente. Quis dar este presente para aqueles que conseguiram fazer de mim a profissional e pessoa que sou hoje.
Pessoas que se destacaram e me fizeram prestar atenção nelas. Vó Zefa do Orfanato São José, que criou mais de 620 crianças, o primeiro programa social da comunidade; dona Obassy com a sua postura majestosa passando pelas ruas da Cidade de Deus, poetisa, cantora e atriz; Sr Alfredo com a sua participação junto ao padre Júlio nas missas, nos cursos de violão no repente; dona Jandira Tavares com a catequese e o teatro e o repasse cultural para as crianças; dona Therezinha com sua costura, artesanato e compromisso com o empreendedorismo jovenil; dona Benta com o empreendedorismo de mulheres e jovens, participante do fome zero, além do gosto pelo jongo; Mestre Miúdo com a sua Folia de Reis; Mestre Derli e a capoeira educando jovens e crianças; o  Sr Severino Gomes e o compromisso social com o Fome Zero, transformando a sua birosca mo Centro Cultural Tupiara; Tuca ou Anhaíde com a beleza de sua voz, quadros e apresentações e o grande compositor Ovídio Bessa.
Pessoas comuns e com um potencial rico, guardado no baú do tempo, só foi destrancar este baú para que estas histórias criassem vidas.
Sou fruto da Favela da Praia do Pinto. Vim para à Cidade de Deus em um caminhão de lixo junto com minha família, porém aprendi a reconhecer o valor ali, junto a minha comunidade,  os meus vizinhos e hoje reconhecidamente Mestres, me tornaram uma mulher comprometida com as pessoas e principalmente com o idoso e a criança.
Quanto ao professor Adair Rocha entrou em contato comigo mostrando o desejo de trazer para a Cidade de Deus a discussão do seu livro Cidade Cerzida. Pedi ao Severino Honorato, poeta e repentista, meu amigo, para me ajudar a encontrar um espaço e assim foi feito. No dia 18 de agosto de 2012 tivemos a felicidade de acolher a discussão sobre o cerzimento desta Cidade. Tendo como mediadores da discussão a Cilene Regina Vieira da Cruz, Assistente Social e moradora da Cidade de Deus e o Sr. Écio Sales coordenador da FUPP.
Esta roda de conversa foi no Centro Cultural da Cidade de Deus, a equipe liderada pelo irmão Anderson Augusto Pereira prepararam a acolhida para o professor Adair Rocha, e demais convidados com muito carinho e cuidado, foi percebido os detalhes nesta preparação demonstrando uma característica do local, o acolhimento e o afeto.
O que tem de comum no meu livro Os Grandes Mestres Guardiões da Cidade de Deus – Fazedores de Destino e o livro do professor Adair, Cidade Cerzida, além de participação do professor Adair Rocha no meu, é o compromisso de entender a identidade cultural que norteia nossas vidas.
Os Grandes Mestres Guardiões da Cidade de Deus é um pedaço cerzido por mim na Cidade de Deus da colcha de retalhos da Cidade Cerzida pelo Adair Rocha.
Para quem desejar o livro Cidade Cerzida, basta procurar o Centro Cultural da Cidade de Deus.
Quanto ao livro Os Grandes Mestres Guardiões da Cidade de Deus- Fazedores de destino, basta escrever para valcdd@hotmail.com, envio para qualquer lugar por correio ou ligue para tel (21) 78997294.
Podendo ainda adquiri-lo com Cilene Regina na Cidade de Deus.

"Como me sinto por mnha mãe ser eternizada neste livro?
Cada dia que passa fico mais convencida da importância de minha em ser a mulher que sou.
Sinto-me feliz por ter a mãe que tive, ainda mais que todos saibam a pessoa maravilhosa que ela foi.
Sempre se preocupando c/ os problemas de sua casa e de sua comunidade. Sempre arrumando um jeito
de reverter tais situações, dando suas opiniões, participando de encontros c/ instituições p/ solucionar ou amenizar
as problemáticas. Com isso, cada dia me fortaleço reproduzindo o que minha mãe sempre acreditou, a riqueza de valores que a Cidade de Deus tem e divulgarmos de todas as formas p/ o mundo." Cilene Vieira
Lançamento de Cidade Cerzida
Valéria Barbosa e Adair Rocha no lançamento do Livro Cidade Cerzida




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2012 VOF Modulo 4 - Feminização da velhice. | World Pulse

















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